quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A JUVENTUDE É DO POVO


Por: Ambrósio Clemente (In Jornal de Angola)



O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, defendeu na terça-feira, na mensagem dirigida ao Parlamento sobre o estado da Nação, mais diálogo entre as estruturas competentes do Executivo e a juventude, com vista a encontrarem-se soluções consensuais para os problemas que afectam os jovens.

O apelo do Chefe de Estado ao diálogo com a juventude é oportuno e revelador da especial atenção que o Executivo presta à juventude, um segmento da sociedade que tem um papel importante a desempenhar no processo de reconstrução do país.

Há, na verdade, uma grande preocupação do Executivo em relação ao que a juventude tem a dizer, sendo acertada a via do diálogo, para que, como afirmou o Presidente da República na sua mensagem, “os assuntos sejam tratados em momentos e lugares certos e sejam encontradas e aplicadas soluções consensuais”.
O Executivo tem consciência de que o diálogo pode superar incompreensões, dissipar equívocos e ajudar a resolver os ­problemas.
O Presidente da República, ao referir-se ao facto de que se devem “aprimorar as vias do diálogo social e ouvir, auscultar e discutir mais”, está implicitamente a apelar para que haja inteira disponibilidade do sector competente do Executivo para encetar medidas que propiciem a criação de um ambiente em que as pessoas possam normalmente trocar ideias em debates que se realizem, para usar a expressão do Chefe de Estado, “em momentos e lugares certos”.
A juventude tem dado provas de envolvimento nas tarefas de reconstrução nacional e de consolidação da unidade nacional, da democracia e da paz.
Milhares de jovens têm contribuído com o seu trabalho para que Angola seja um país bom para se viver e para que na nossa terra possamos todos conviver pacífica e harmoniosamente. Onde há pessoas há ideias, há experiências, há conhecimentos. Importa recordar o que escrevera o Jornal de Angola, em editorial de 19 de Setembro de 2011, sob o título “Diálogo com a juventude”. Escreveu o Jornal de Angola nesse editorial que “o diálogo tem a vantagem de dar oportunidade a todos de exprimirem os seus pontos de vista, transmitirem experiências e fazerem propostas.
As diferentes opiniões podem ajudar a corrigir o que está mal. E o que está mal deve ser oportunamente corrigido para os problemas não se agravarem”.
O que o mais alto magistrado da Nação propõe na sua mensagem é uma aproximação maior entre o sector competente do Executivo e a juventude, na perspectiva de o diálogo que vier a estabelecer-se venha a gerar um relacionamento de cooperação, no interesse de toda a sociedade.
Se existem problemas que precisam de ser resolvidos, eles devem merecer a reflexão das estruturas competentes do Estado, que devem perceber melhor a sua natureza e complexidade, a fim de se encontrarem as melhore soluções. É preciso encarar a juventude como uma grande parceira na longa e árdua caminhada que temos de percorrer para chegarmos ao desenvolvimento.
Como afirmou o Presidente José Eduardo dos Santos, “a nossa juventude nunca agiu à margem do povo, é do povo e trabalhou sempre para o povo.
É preciso manter essa rica tradição, que vem dos nossos antepassados.” A diferença de opiniões não é um problema em ­democracia.
O debate alimenta a democracia, no sentido de que pode ajudar a consolidá-la. Se as preocupações da juventude forem bem conhecidas, por via do diálogo e da discussão aprofundada, mais facilmente se encontrarão os caminhos para a resolução dos problemas.

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