sábado, 17 de setembro de 2011

ENCONTRO COM AS BASES EM LUANDA

Um plano "B", que consiste numa insurreição de nível nacional, semelhante às ocorridas no mundo árabe, está a ser orquestrado por uma coligação de partidos da oposição, liderada pela Unita.

A denúncia foi feita quinta-feira pelo Primeiro Secretário Provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento, durante um encontro alargado com as direcções de comités de acção e de especialidades do Partido, da JMPLA e da OMA, oportunidade aproveitada para considerar de delicada e inspiradora de cuidados especiais a situação reinante em Angola.

Bento Bento afirmou que "esta marcha diabólica ou plano diabólico" prevê a realização, em simultâneo, de acções contra as autoridades, Polícia Nacional e desobediência civil generalizada nas cidades de Luanda, Huambo, Huíla, Benguela e Uíge.

Com base em dados dos Serviços de Inteligência angolano, o também membro do Bureau Político do MPLA afirmou que a Unita está prestes a iniciar o seu "Plano B", visando derrubar o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

"Como sabem que pela via das eleições não irão conseguir tal desiderato, pretendem fazê-lo através de insurreição nacional", destacou.

Na sua intervenção, Bento Bento disse que o que se passou no dia 3 de Setembro, em Luanda, foi um pequeno ensaio bem aproveitado pela Unita. "Enquanto a manifestação tinha sido autorizada pelo Governo Provincial de Luanda para o Largo do 1º de Maio, um outro grupo de arruaceiros bem preparado, com pedras e garrafas, dirigia-se ao Palácio Presidencial".

A coligação, que integra o Bloco Democrático, PP e alguns partidos ligados aos POC, e que tem como executivos mais dinâmicos o secretário-geral da Unita, Kamalata Numa, o secretário-geral da Jura, MFuka Fuakaka Muzamba, o advogado David Mendes e Justino Pinto de Andrade, pretende criar o caos social, impossibilitar a governação do MPLA e do Presidente.

Afirmou que a oposição decidiu enveredar por manifestações violentas e hostis, provocando vítimas e inventando outras vítimas, incentivando a desobediência civil, greves e tumultos, bem como provocações aos agentes e patrulhas da polícia, fazendo recurso a objectos contudentes, com pedras, garrafas, paus, entre outros.

Em face de qualquer reacção da polícia, alertou Bento Bento, a estratégia é utilizar "a arma dos direitos humanos" de modo a legitimar uma intervenção militar estrangeira em Angola, semelhante a realizada na Líbia.

A título de exemplo do envolvimento da Unita neste plano, o político falou dos militantes, incluindo o secretário-geral da Jura, neste momento detidos a espera de julgamento, acusados de participação em manifestações de que resultaram desacatos aos órgãos políciais, e não só.

Bento Bento pediu as direcções dos comités de acção do partido para redobrarem a vigilância nos bairros e denunciarem a polícia toda a acção que vise perturbar a ordem e tranquilidade pública ou que perigue as conquistas alcançadas com a paz, nos últimos anos.

2 comentários:

  1. Essa denuncia feita pelo cda Bento Bento 1º Secretário Provincial do MPLA em Luanda, não é uma novidade para quem acompanha com atenção a situação política do país. Este plano que é orquestrada pela UNITA é uma estratégia saida do último Congresso da JURA, organização Juvenil da UNITA. Infelizmente esta é a fase da sua execução, para aqueles que aos quatro ventos propalam ser campeões da democracia em Angola.

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  2. sempre, e ainda, contigo desde a primeira hora!
    KUFUA ANGA KUTULOLA!!!

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